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Voluntários plantam 600 mudas para ajudar na recuperação de nascente em Jaru

20 de janeiro de 2020 Fonte::

Cerca de 30 pessoas plantaram 600 mudas de árvores em uma área de preservação permanente no sítio J5 em Jaru (RO) no Vale do Jamari. A equipe é composta por proprietários rurais, voluntários do grupo Água Viva e crianças que decidiram passar o sábado (11) cuidando do meio ambiente.

Os voluntários plantaram as mudas perto de uma nascente degradada. Eles acreditam que essa ação é o primeiro passo para a recuperação do local.

A propriedade é da família de dona Leontina Franco desde a década de 1970. Quando os pais dela chegaram ao local existia uma nascente que abastecia a casa da família.

“Aqui corria uma água muito bonita e a gente não tinha consciência que deveria cuidar então aqui era passador de gado, a gente passava cavalo e aí ela foi se acabando. Conforme o gado passava aqueles ‘terrões’ iam caindo e hoje está aqui desse jeito”, explica Leontina.

A moradora afirma que a família já tentou recuperar a nascente, mas a esperança de revitalizar o córrego só veio com a ajuda dos voluntários do grupo Água Viva.

O grupo Água Viva surgiu em 2017 e atualmente conta com mais de 100 integrantes. O trabalho é totalmente voluntário.

A agrônoma Elisangela Barbosa levou o filho Alexandre de 6 anos para participar da atividade. “Eu joguei pó de pedra, plantei a árvore, eu cavaquei”, fala o menino contente.

Elisangela diz que faz questão de incluir o pensamento ecológico a rotina da família. Um exemplo disso é que na festa de aniversário de cinco anos de Alexandre ela distribuiu mudas de árvores para os convidados.

“Não sobrou nenhuma e teve convidado que perguntou se não havia outras para levar”.

O trabalho também foi acompanhado pelo biólogo Elisandro Campos. De acordo com ele, o local sofre com um processo de assoreamento, que acontece quando cursos d’água são afetados pelo acúmulo de sedimentos, por isso a inclusão de novas mudas ao solo deve ser feita de forma cuidadosa para não desgastar ainda mais local.

“A gente precisa de bastante raízes, precisa de bastante copa pra proteger essa área, evitar que mais terra desça. A gente tem que ter esse cuidado ao colocar cada espécie dentro de um ambiente”, diz o biólogo.

Para a proprietária do local a ação é um sonho sendo realizado. “Eu fiz uma vez, meu irmão cercou eu tentei reflorestar sozinha, mas uma andorinha sozinha não faz verão. E depois, com surgimento desse grupo, que veio assim como uma bênção do céu, hoje a gente começa a realizar um sonho, recuperar o que a gente destruiu”, comemora Leontina Franco.

Por: G1/RO

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