Quatro suspeitos foram presos por receptação após serem flagrados por uma equipe do Serviço de Investigação e Captura (Sevic) com dois veículos roubados.
O flagrante ocorreu em um porto clandestino localizado na antiga estrada do matadouro municipal em Guajará-Mirim (RO), cidade a cerca de 330 quilômetros de Porto Velho. As prisões aconteceram na tarde da última sexta-feira (26).
O caso chegou às mãos do Sevic depois que recebeu uma denúncia anônima, segundo o boletim de ocorrência. Uma testemunha disse que suspeitos levariam uma caminhonete à Bolívia e informou o local onde seria feita a travessia. A partir da denúncia, os policiais foram ao porto e pernoitaram no lugar por cerca de três dias.
Na tarde da última sexta, cinco suspeitos bolivianos chegaram ao porto e fizeram uma rampa improvisada para os carros não atolarem em uma vala às margens da estrada. Um dos suspeitos estava com uma arma na cintura.
Após a rampa feita, dois carros se aproximaram. O motorista do veículo ao tentar passar pela rampa, mas acabou atolando. Os policiais, então, aproveitaram para fazer a abordagem, já que eles estavam tentando sair do lugar.
Em seguida, o suspeito com a arma na cintura começou a atira contra os agentes do Sevic. Durante a troca de tiros, quatro suspeitos conseguiram fugir por um matagal às margens do rio Mamoré. Os dois motoristas e um homem também reagiram, mas foram imobilizados e presos.Dois carros, uma chata de cerca de 10 metros de comprimento com dois motores e celulares foram apreendidos. Os homens que estavam dirigindo os carros contaram aos policiais que o chefe deles, que é dono de um lava jato, pagaria a eles R$ 300 para levarem os veículos ao porto clandestino.
O dono do lava jato tem passagem pela polícia e, até o fechamento desta reportagem, ele não foi localizado.
Um dos presos disse que pegou o carro em uma casa, no bairro Jardim das Esmeraldas. O Sevic foi à residência e encontrou o step do veículo embaixo de uma cama. O dono da residência, de 31 anos, recebeu voz de prisão e foi levado à Delegacia da Polícia Civil.
A chata apreendida é um tipo de embarcação semelhante a uma balsa, que traficantes utilizam para transportar carros e motos que foram roubados ou furtados. A Polícia Civil investiga o caso.
Fonte: G1 RO