Federação entre União Brasil e PP e outros jogos de poder impactam a política em Rondônia

30 de abril de 2025 Fonte:: Rondoniadinamica

Aliança nacional amplia disputa interna por espaço no estado e já pressiona nomes tradicionais, como Ivo Cassol, a buscar novos caminhos partidários As informações são do site Rondônia Dinâmica.

A oficialização da federação entre União Brasil e Progressistas (PP), batizada de União Progressista, já produz efeitos políticos diretos em Rondônia. O ex-governador Ivo Cassol, por exemplo, deve deixar o PP após ser destituído do comando da legenda no estado. Em seu lugar, assumiu a deputada federal Sílvia Cristina, sinalizando uma mudança de controle e de alinhamento que pode impactar diretamente a disputa eleitoral de 2026. As informações são do site Rondônia Dinâmica.

O movimento de Cassol não ocorre isoladamente. A fusão entre os dois partidos, que projeta a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, além de seis governadores, cerca de 1,4 mil prefeitos e a maior fatia dos fundos partidário e eleitoral, gera um novo campo de forças que obriga atores políticos regionais a repensar estratégias. As informações são do site Rondônia Dinâmica.

A expectativa é de que o União Progressista seja registrado oficialmente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos meses e já atue como bloco unificado a partir do próximo ciclo eleitoral. O senador Ciro Nogueira (PP) e Antonio de Rueda (União Brasil) compartilham a presidência da nova federação durante os primeiros meses. Ambos destacaram, em manifesto conjunto, que o objetivo da aliança é promover “um choque de prosperidade” por meio de reformas econômicas e regulatórias. As informações são do site Rondônia Dinâmica.

Com a nova conformação nacional, os jogos de poder se intensificam em Rondônia. O deputado federal Lucio Mosquini (MDB), por exemplo, também avalia sair do partido. O parlamentar, alinhado ao senador Marcos Rogério (PL), tornou-se um corpo estranho na legenda de Confúcio Moura, adversário político de Rogério e nome cotado ao governo estadual em 2026. A expulsão de Mosquini, em debate dentro do MDB, poderia permitir que ele mudasse de partido sem risco de perda de mandato.

O deputado Fernando Máximo (União Brasil), por sua vez, já manifesta desconforto com a sigla desde a eleição municipal de 2024. Segundo aliados, ele “foi sabotado” no processo interno que antecedeu a disputa pela prefeitura de Porto Velho. “Não vou esperar ser traído de novo”, teria confidenciado a pessoas próximas, sinalizando sua intenção de deixar a legenda na próxima janela partidária.

Outro nome a observar é o do ex-prefeito Hildon Chaves, que se incomodou com a formação da federação entre PSDB e Podemos. Mesmo sem declarar publicamente sua saída, aliados próximos indicam que ele avalia alternativas partidárias para viabilizar uma eventual candidatura a cargo majoritário.

A reorganização também afeta os quadros do próprio governo estadual. Marcos Rocha (União Brasil) articula sua pré-candidatura ao Senado Federal, enquanto sua esposa, Luana Rocha, deve disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. O irmão do governador, Sandro Rocha, é cotado para concorrer a deputado estadual. Com isso, o clã Rocha projeta ocupar três frentes de poder em 2026.  

Com a federação, pode haver imbróglio interno entre as pretensões do regene do Palácio Rio Madeira e a Sílvia Cristina, que também almeja a Câmara Alta. 

Em paralelo, a criação da federação PP-União Brasil obriga os partidos locais a promoverem convenções internas para ratificar os termos do novo estatuto federativo. Só após essa etapa será possível encaminhar o registro oficial ao TSE. Caso a federação seja desfeita antes do prazo mínimo de quatro anos, os partidos envolvidos perderão o acesso ao fundo partidário e ficarão impedidos de integrar novas alianças até o final do ciclo.

Em nível nacional, a expectativa da União Progressista é disputar o Palácio do Planalto em 2026, com possível candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). No evento de lançamento da federação, Caiado discursou com entusiasmo: “Em 2026, vamos ganhar as eleições no país e vamos subir a rampa do Palácio do Planalto”.

As implicações dessa nova realidade política em Rondônia ainda estão sendo digeridas pelos atores locais. Com o Centrão fortalecendo seu domínio por meio de alianças como a União Progressista, e com a reacomodação de nomes tradicionais e novos postulantes nos bastidores, o xadrez político do estado se move rapidamente. A janela partidária de março de 2026 deve selar boa parte dessas movimentações.

Fato é que, com a superfederação formada e a dança das cadeiras iniciada, as eleições de 2026 já começaram — e com intensidade máxima. As informações são do site Rondônia Dinâmica.

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