Marcos Rocha, do União Brasil; Marcos Rogério, do PL; e Léo Moraes, do Podemos, estão mais agitados pensando no pleito de 2022.
m Rondônia os eventuais postulantes da esquerda ao Governo do Estado estão tanto quanto aquartelados até agora. Não se sabe ainda se “dormindo” no ponto ou por excesso de zelo, neste último caso visando sair da rota de colisão com abalroadas antecipadas.
Por ora, a inanição dos arquétipos no espectro canhoto cria uma esteira quase livre para os pré-candidatos saídos da direita. Marcos Rocha, do União Brasil, atual mandatário do Palácio Rio Madeira; o senador Marcos Rogério, do PL; e o deputado federal Léo Moraes, do Podemos, estão bem mais agitados quando o assunto são as eleições deste ano.
Como Rocha ainda é o “dono da bola”, a estratégia é basicamente a mesma para qualquer detentor do Poder: seguir o jogo, expor realizações, evitar cofrontos desnecessários e conservar o foco em ficar onde está.
Com isso, a responsabilidade cai no colo dos outros dois que vêm pela ala destra.
Rogério, que agora leva as credenciais do presidente da República Jair Bolsonaro, seu correligionário, para se dar bem, já optou pela franca beligerância retórica. Ficou claro que a sua postura será basicamente ofensiva nesta primeira etapa, portando haverá conflagrado duelo com o chefe do Executivo estadual. Não há dúvidas.
E é essa contenda que, por ora, se apresenta em via única (Marcos Rocha ignora solenemente o congressista), irá reger o mote principal do pleito em 2022 ao menos no primeiro turno se os panorama não mudar.
“Por fora” está Léo Moraes, membro da Câmara Federal, que apesar de tecer suas críticas à atual gestão, como todo adversário naturalmente deve fazer, porque é de praxe já que quem está fora quer entrar e quem está dentro não quer sair, continuar sua toada de maneira avessa a esse imbríglio encabeçado por Rogério, seu parceiro de bancada federal.
Para ele, enquanto puder caminhar e desenvolver suas pretensões sem se chamuscar com “incêndio alheio”, melhor.
Moraes, em 2016, viveu a experiência de ter uma campanha baseada praticamente em ofensas e crises com o principal adversário, o ainda prefeito Hildon Chaves, do PSDB. Não valeu a pena lá atrás. Não vale a pena hoje. Logo, proposição é sempre melhor que qualquer declaração de guerra sem fundamento.
Ainda assim, independentemente das escolhas de casa um sobre como devem se portar diante das próprias futuras postulações, o trio “mete a cara”, vai à luta. Demonstra que está aí. Diz a que veio. Quer. Deseja. Ruma para o norte.
Já no flanco esquerdo, letargia.
O principal nome se for levado em conta votação nos dois últimos dois pleitos ainda é Vinícius Miguel, hoje no PSB.
Porém, também estão aí no campo das possibilidades Daniel Pereira, do Solidariedade, e Anselmo de Jesus, do PT, todos com sua cota de popularidade e biografia na vida pública rondoniense.
A diferença, no caso, é que os três da esquerda mantêm-se tanto quanto acanhados, em stand-by, enquanto os fatos se desdobram.
E se as coisas continuarem como estão, sem movimentações, decisões, e devida aproximação, a contenda eletiva pode ficar como o rascunho denuncia até agora: somente entre conservadores e liberais, limando a pluralidade.