A história de Dona Lena se confunde com a história do café no Brasil. Depois da grande geada do Paraná em 1975, como muitas outras famílias, a dela também migrou para Rondônia onde Maria Helena passou a vida se dedicando ao café – colhendo, carpindo, abanando.
Na sua peneira verde os grãos carmim de Robustas Amazônicos são atirados para o alto com maestria, sob o sorriso e olhar de quem tem paixão pelo que faz.
A identificação de outras mulheres com Dona Lena é frequente. Sua doçura desperta compaixão, não só daquelas que labutam na lavoura e se identificam com ela, mas também daquelas que vivem outra realidade, a realidade do mundo consumidor.
Estas se confraternizam com ela em reconhecimento à contribuição de mulheres como Dona Lena para com um setor que movimenta bilhões e gera tanto emprego em todo o mundo.
Graças ao seu trabalho nas lavouras ela criou seus cinco filhos com dignidade. Assim como tantas outras mulheres do mundo que igualmente vivem do café que lhes dá o sustento.
Depois de muito trabalho, ela se aposentou mas deixa seu legado.
Texto: Josiane CotrimFotos: Renata Silva