‘Corri o risco de ter contaminado muita gente’, diz ex morador de Jaru que testou positivo para Covid-19

1 de maio de 2020 Fonte::

O analista judiciário Silvio Fernando de Carvalho Brasil, de 40 anos, foi surpreendido ao testar positivo para o coronavírus, mesmo sem apresentar nenhum sintoma da doença, há 21 dias, em Alto Alegre, interior de Roraima.

Nesta sexta-feira (1º), depois de cumprir o isolamento domiciliar, ele recebeu alta por não ter mais risco de contágio. Silvio descobriu a infecção ao fazer, por curiosidade, o teste na rede privada.

Durante o período do isolamento, após ser diagnosticado com doença, Silvio relata que ficou em casa sob inspeção da Vigilância Sanitária de Alto Alegre. Quando um caso dá positivo, o paciente precisa assinar um termo se comprometendo a ficar isolado.

“Fui fazer o exame por precaução. Eu poderia ter feito um estrago, corri o risco de ter contaminando muita gente. Eu não senti nem dor de cabeça e é por isso que é muito sério a questão de ficar em casa”, pontuou.

Antes de saber que estava com o coronavírus, Silvio disse que já estava cumprindo quarentena porque havia retornado e uma viagem a São Paulo 24 dias antes de testar positivo.

Os testes rápidos identificam a presença do vírus no corpo a partir do sétimo dia da doença, quando o organismo começa a produzir anticorpos. (Entenda como funcionam os testes abaixo)

Mesmo com o diagnostico negativo, Silvio se manteve em quarentena, saindo somente às quartas-feiras para ir ao supermercado e buscando almoço todos os dias em um restaurante.

No entanto, no dia 10 de abril resolveu fazer um novo exame. Ele acreditava que já poderia ter contraído a doença e se curado.

“Descobri que estava infectado no sétimo dia, precisava esperar até o 14º para abrir sintomas, mas tive sorte e não senti nada”, contou. “Achei que tinha sido contaminado em março, após voltar de São Paulo, mas não, foi bem depois”, completou.

O paciente trabalha como analista no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), órgão que adotou o uso de máscaras, luvas e álcool em gel para todos os servidores ainda em janeiro e limitou os

atendimentos presenciais. A maioria dos casos são resolvidos pela internet em razão da pandemia de coronavírus.

“Não tive contato presencial no trabalho com ninguém até 4 de abril, mas nesse dia precisei porque era um processo de transferência de um candidato”, relembra.

Por não apresentar sintomas, Silvio não tinha direito a fazer o exame na rede pública de Saúde. Foi necessário desembolsar R$ 250 para cada teste na rede privada, caso contrário ele não teria descoberto a doença e teria continuado indo ao supermercado, restaurante e ao trabalho.

Fonte: G1/RR

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