O presidente Jair Bolsonaro reduziu, para o próximo ano, o orçamento de ações voltadas à população mais vulnerável e à redução das desigualdades no país. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, entre os programas afetados estão o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e o Fies.
O maior corte será no programa habitacional, cuja previsão de orçamento caiu de R$ 4,6 bilhões, em 2019, para R$ 2,7 bilhões na projeção do próximo ano. Com isso, o programa terá a menor verba da história. Entre 2009 e 2018, a média destinada ao programa habitacional era de R$ 11,3 bilhões por ano. O ritmo do programa já é bem mais lento em 2019: até julho, o Minha Casa Minha Vida recebeu R$ 2,6 bilhões do Tesouro.
Entre as medidas estudadas pelo governo para reduzir despesas, está a suspensão de contratações do programa habitacional. Questionado pela Folha sobre o assunto, o secretário especial adjunto de Fazenda do Ministério da Economia, Esteves Colnago, evitou fazer comentários sobre novos contratos. Ele se limitou a dizer que o governo tem o compromisso de garantir as contratações realizadas. Dessa forma, é possível que o Minha Casa siga a diretriz estabelecida para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que não vai mais receber novas obras. Permanecem em execução somente as já contratadas.